
Três garis da Comlurb subiram ao palco da Bienal do Livro do Rio, nesta sexta-feira (20), levando poesia, literatura e histórias de superação. Eles foram os destaques da programação do estande da Secretaria Municipal de Educação, emocionando o público com suas trajetórias e obras autorais.
Maria da Graça Pimenta Ribeiro, gari de escola na Zona Oeste, lançou o livro de poesias “Respeita Minha História”, inspirado em vivências do cotidiano e nas lutas das mulheres negras. Gracinha, como é conhecida, já havia sido selecionada em um concurso de poesia promovido pela SME e premiada na Academia Brasileira de Letras.
Bruna Maria Gomes, que atua na limpeza do Hospital Lourenço Jorge e está na Comlurb há 18 anos, foi reconhecida com o prêmio Destaques Literários 2024, da editora Novos Sabores Publicações, pelo poema “Leoa Improvável”. Estudante de Letras na UniRio, ela celebrou a oportunidade de mostrar que a literatura também nasce nas ruas.
Já o veterano Valdeci Boareto, com 25 anos de Comlurb, lançou seu segundo livro na Bienal: a obra infantil “Garizinho Tódi e o Planeta”, que aborda temas como sustentabilidade e cidadania a partir do olhar de uma criança.
Além das apresentações literárias, o estande da SME também foi palco de uma roda de conversa sobre a importância do desenvolvimento socioemocional dos estudantes, com a mediação de Katia Rios, do Núcleo Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (NIAP), e participação dos professores Willman Costa e Nazareth Machado.
A programação segue neste sábado (21), às 11h, com uma roda de conversa promovida pela Procuradoria Geral do Município. Em pauta, a importância da obra de Paulo Freire para a compreensão do racismo estrutural no país e a contribuição dos livros de Afonso Arinos de Melo Franco para o debate sobre gênero.