
O Encontro Nacional da Rede Acesso Mais Seguro para Serviços Públicos Essenciais reuniu mais de 50 autoridades municipais, estaduais e profissionais nos dias 25 e 26, em Brasília, para discutir mecanismos de sustentabilidade do programa e a formulação de políticas públicas destinadas a apoiar esses profissionais e melhorar o atendimento à população. Pela primeira vez, um Encontro de Comunicadores da Rede debateu estratégias de abordagem do tema na comunicação pública.
O programa Acesso Mais Seguro, desenvolvido pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha e presente em oito municípios brasileiros (Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Duque de Caxias, Porto Alegre, Florianópolis, São Paulo e Vila Velha), busca reduzir as consequências da violência armada para os profissionais de Educação, Saúde, Assistência Social e população atendida. Para isso, trabalha na capacitação das instituições públicas na análise de contexto relacionada à violência armada, gestão de riscos, gestão de crise e gestão de estresse.
“A violência não está dentro da escola. Não vamos abrir mão de que as nossas crianças sejam felizes, que estejam na sala de aula e que elas tenham o melhor de nossos esforços e trabalho. A escola traz o olhar de humanização para uma realidade que pode ser cruel. O protocolo tem nos ajudado a tomar decisões e proteger vidas.”, afirmou o subsecretário de articulação e integração da Rede Municipal do Rio de Janeiro, Hugo Nepomuceno.
Os participantes discutiram também mecanismos de sustentabilidade do programa e a formulação de políticas públicas destinadas a apoiar os profissionais e melhorar o atendimento à população. “É importante a gente buscar institucionalizar boas práticas, então eu sou um defensor pra que possamos ter leis que regulamentem o Acesso Mais seguro, para que possa ser institucionalizado. A democracia perpassa pela alternância de poder e a gente precisa de uma política publica de Estado na Educação, especialmente na segurança escolar”, afirmou, por vídeo, o secretário Renan Ferreirinha.
No encerramento do encontro, foi lançada a websérie “É mais do que se vê”, produzida pelo CICV em parceria com as secretarias municipais de Educação do Rio de Janeiro e Fortaleza, sobre impactos da violência armada na Educação.