Seminário “Cidades Resilientes” aponta desafios, diagnósticos e propostas contar a violência armada

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Publicado em 17/10/2025 - 14:28  |  Atualizado em 17/10/2025 - 14:28

Organizado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, evento reuniu pesquisadores, especialistas e profissionais de saúde e educação

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) promoveu no Rio o seminário “Cidades Resilientes: Serviços Públicos Essenciais no Rio em Meio à Violência Armada”. O evento, na segunda-feira (13/10), no Hotel Windsor Flórida, reuniu pesquisadores, especialistas e profissionais de saúde e educação do Estado do Rio, da Cidade do Rio e de Duque de Caixas. Eles destacaram a contribuição do protocolo Acesso (antigo Acesso Mais Seguro) e apresentaram diagnósticos e propostas para os desafios da segurança pública. Em sua fala de abertura, o subsecretário de Educação do Rio, Hugo Nepomuceno, mencionou como a segurança pública pode afetar inclusive a questão da segurança alimentar e defendeu o compromisso de acolhimento também dos servidores na linha de frente.

– A violência armada impacta demais nas nossas vidas. Quando uma escola fecha por causa da violência, nós temos outro problema, além da aprendizagem, que é o problema da segurança alimentar. Muitas crianças têm nas escolas a sua refeição mais importante. A gente quer que o aluno aprenda e a gente quer que o aluno também se alimente -, lembrou o subsecretário da rede carioca. “O protocolo Acesso é fundamental para o nosso trabalho, e a gente precisa fortalecê-lo em benefício das comunidades escolares localizadas nesses territórios, mas também para acolher o nosso time. É muito importante que ninguém lá, na linha de frente, se sinta sozinho. Todos precisam se sentir acolhidos, abraçados e protegidos, afinal proteger o servidor público que trabalha nessas circunstância é proteger a própria política pública que ele está ali para promover, além de ser um compromisso ético e humanitário”, completou Hugo.

Gerente de Segurança Escolar da Secretaria Municipal de Educação do Rio, Renata Costa acrescentou que o compromisso é “ninguém solta a mão de ninguém”. Para ela, é fundamental haver comunicação. “Eu sempre digo que a gente precisa se comunicar. Se a gente sabe que tem problema em algum território, e se comunica, a gente consegue ajudar. Eu oriento as equipes nesse sentido”. Renata falou sobre o Grupo de Apoio Mútuo (GAM). “São rodas de conversa com escolas e profissionais que passaram por momentos de crise, de estresse. Não é uma etapa obrigatória, mas uma roda de conversa com professores, assistentes sociais e psicólogos. A gente tem visto bons resultados com essa estratégia”. Segundo ela, o GAM é uma ação desenvolvida pelo NIAP (Núcleo Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares), com incentivo e integração da Gerência de Segurança Escolar (GSE).

O seminário “Cidades Resilientes” teve participações das pesquisadoras Carolina Grillo e Mayalu Silva. Carolina é coordenadora do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos (GENI). Mayalu é membro da Coordenação Colegiada do Programa de Articulação Institucional de Violência e do Departamento de Estudos sobre Violência da Fiocruz. Usando dados de fontes confiáveis, como IBGE, IPP (Instituto Pereira Passos) e SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica), Carolina Grillo exibiu um mapa da violência, com recorte de 2019-2022, que mostra a velocidade da expansão territorial das organizações criminosas no Estado do Rio. Segundo a pesquisadora, o desempenho médio dos alunos de escolas em áreas dominadas por grupos armados é 10 por cento mais fraco em português e matemática. Mayalu Silva, da Fiocruz, observou que a distribuição da violência armada é resultado de questões sociais e, especialmente, raciais. Além das alterações nas rotinas das escolas e hospitais, ela acrescentou os impactos em outro segmento essencial, o dos transportes públicos.

O seminário apontou recomendações às autoridades. Entre elas:

Investigações com inteligência estratégica e preventiva.
Adoção, expansão e garantia de serviços de Estado.
Políticas públicas nacionais e locais eficientes e permanentes.
Diálogo e interação entre autoridades de diferentes instâncias.

Restrição a operações policiais perto de escolas e hospitais.

Participação da sociedade civil junto às instituições públicas.

A Secretaria Municipal de Educação (SME) é o órgão da Prefeitura do Rio de Janeiro responsável por elaborar a política educacional do município do Rio de Janeiro, coordenar a sua implantação e avaliar os resultados, com o objetivo de assegurar a excelência na Educação Infantil e no Ensino Fundamental Público.

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