Autores professores negros levam diversidade literária ao estande da Secretaria de Educação na Bienal

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Publicado em 09/09/2023 - 17:50  |  Atualizado em 09/09/2023 - 17:59

Autores professores negros levam diversidade literária ao estande da Secretaria de Educação na Bienal

No estande da Secretaria Municipal de Educação na Bienal do Livro deste ano, um dos destaques é a participação de autores professores negros, que apresentam suas obras literárias antirracistas e étnico referenciadas ao público presente no espaço, marcando um compromisso da Secretaria com a diversidade e a representatividade literária em sala de aula e também nos livros infanto-juvenis.

Neste sábado, o estande recebeu vários professores autores que dedicam suas obras a literatura antirracista. Professora há 12 anos, Gisele de Oliveira é autora do livro “A Menina, Seu Pai e o Jornal”, uma história que celebra o amor pela leitura e narra as descobertas de Adanna, uma criança negra, no vasto mundo dos livros, guiada por seu pai, um leitor voraz de jornal.  Ele a ensinou a ler com recortes das letras, formando palavras. “É a minha história. Foi assim que aprendi a ler, aos quatro anos. Dedico o livro ao meu pai, que não está mais aqui. Adanna é um nome nigeriano e quer dizer filha amorosa do pai”, revela. Para a leitura, Gisele criou o projeto “Caixa de Encantamentos”, de onde saem os personagens do livro e ganham vida, tornando a contação de história mais emocionante para os alunos.

Outra autora que participa da Bienal pela primeira vez é a professora Neusa Maria, que apresentou a obra “Tequinho, o Menino do Samba”, personagem inspirado em um aluno, morador da Mangueira, apaixonado pelo carnaval. Professora de uma escola na comunidade movida pelo Carnaval, ela fez uma imersão na cultura do samba para se aproximar dos alunos. Não queria que eles sentissem na sala de aula o distanciamento nos conteúdos que sentiu quando pequena. Passou a frequentar quadra da escola de samba e se apaixonou pelo tema. Segundo ela, existem vários Tequinhos na Mangueira e levar a história para a Bienal foi a realização de um sonho que nunca havia se permitido sonhar “Estar na Bienal foi muito gratificante, essa gestão antirracista me emociona. Foi uma troca linda com os alunos e com meus colegas”, diz Neusa, aos 70 anos, e “com muito brilho nos olhos”, completa.

Ao todo, 15 autores professores negros compartilharam suas obras na Bienal, enriquecendo o estande da Secretaria com a literatura étnica e culturalmente referenciada. Eles também participaram da curadoria de livros a serem implementados nas salas de leitura das unidades escolares.  O objetivo da Gerência de Relações Étnico Raciais – GERER é, a cada edição da Bienal, aumentar o número de títulos com essa proposta.

“Viabilizar os professores pretos é mais que reconhecimento, é também compromisso com uma reparação histórica alicerçada pelas premissas da educação antirracista”, afirma Joana Oscar, Coordenadora da CDCEC (Coordenadoria de Diversidade, Cultura e Extensão Curricular).

A estimativa é de que 30% dos livros adquiridos para a renovação do acervo escolar sejam de literatura africana, afro-brasileira e indígena.

“Em nossas escolas, a valorização da história e da cultura negra é um compromisso diário. Estamos constantemente nos aprimorando e nos formando para promover uma cultura antirracista”, conta o secretário municipal de educação, Renan Ferreirinha.

Neste sábado, a programação no estande da SME foi toda voltada para debates sobre literatura e cultura antirracista, afrofuturismo, com a participação do escritor Edjan Costa, da pesquisadora da UFRJ , Thaiara Lima.  Para debater potências negras, foram convidados dois ex-alunos da rede, os escritores André Rodrigues (Carnavalesco da Portela)  e Caio Zero.

As apresentações seguiram com  a contaçāo de histórias de origem indígena, dança, teatro  e o coral bilíngue, que levou canções dos Beatles e Legião Urbana. Com direito a bis. São as artes atreladas ao currículo e à todas as áreas de conhecimento.

A Secretaria de Educação do Rio é referência quando o tema é uma educação antirracista. Uma das medidas da atual gestão foi a criação da Gerência de Relações Étnico-Raciais (GERER), uma área de natureza consultiva, mediadora e de planejamento estratégico, que atua de forma transversal e intersetorial, trabalhando currículo, formação e projetos intersetoriais. O objetivo da gerência é fomentar discussões e reflexões para inovação, implementação e avaliação da Educação das Relações Étnico-Raciais.

 

Crédito: Alan Costa

A Secretaria Municipal de Educação (SME) é o órgão da Prefeitura do Rio de Janeiro responsável por elaborar a política educacional do município do Rio de Janeiro, coordenar a sua implantação e avaliar os resultados, com o objetivo de assegurar a excelência na Educação Infantil e no Ensino Fundamental Público.

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