
SME encerra Bienal do Livro com recorde de visitantes e atrações no estande
Espaço da Educação mostrou que os temas trabalhados na escola vão além da sala de aula e estão conectados com a cidade. Diversas secretarias também se apresentaram e mostraram que a educação é a chave para o conhecimento!
Uma Bienal de Emoções! Chegou ao fim neste domingo (10) a edição especial dos 40 anos da Bienal do Livro e a Secretaria Municipal de Educação comemorou sua participação, que mostrou os projetos da rede municipal e serviu de palco para encontros que debatem a cidade e a cidadania sob a perspectiva da educação.
Mais de 100 atrações passaram pelo espaço da Secretaria, que recebeu mais de 40 mil estudantes e professores da rede. Grandes nomes como o cartunista Maurício de Sousa, criador dos gibis mais queridos do país e eterno pai da Mônica, e o capitão do Penta Cafu, passaram pelo estande e conversaram com os alunos. As jornalistas Silvana Ramiro e Miriam Leitão bateram um papo com os alunos sobre a importância de estudar e ler. Já o escritor e repórter André Curvello fez um encontro com contação de histórias.
Os professores autores, que muitas vezes também têm seus estudantes como inspiração, também lotaram mesas na Bienal, com atividades como bate-papo, contação de histórias e brincadeiras lúdicas.
Bienal de conexões
Nesta Bienal, a Secretaria de Educação apresentou ao público alguns de seus pilares importantes. Debates sobre uma educação antirracista foram destaques com a participação da Gerência de Relações Étnico-Raciais da rede, assim como a pauta da equidade de gênero, representada pelo programa Livres Para Estudar, da SME, que distribui gratuitamente absorventes para as alunas. A Tecnologia e a inovação a favor do conhecimento marcaram a presença dos Ginásios Experimentais Tecnológicos nesta edição. Passaram pelo estande da educação ainda diversas secretarias, que mostraram que o conhecimento está além da sala de aula. A Procuradoria Geral do Município, a CET-RIO, a Comlurb, a Secretaria Municipal de Transformação Digital e Integridade, a Secretaria da Mulher, a Secretaria de Ciência e Tecnologia e a de Cultura, entre várias outras, bateram um papo com os alunos, conectando a realidade deles à atuação de cada uma delas no âmbito municipal.
Bienal de primeiras vezes
Para muitos alunos da rede, essa foi a primeira vez que estiveram na Bienal do Livro e a animação foi grande. A Secretaria Municipal levou o número histórico de mais de 30 mil alunos para participar do evento. Desde crianças com 4 aninhos até alunos na casa dos 70, estudantes do PEJA, Programa da Educação de Jovens e Adultos, passaram por lá. O que todos que foram pela primeira vez têm em comum? Adoraram o evento e se sentiram mais próximos da literatura. Todos os alunos presentes receberam um voucher para usar na Bienal na compra de livros.
”Foi muito especial ver tanta gente pela primeira vez na Bienal. Desde os nossos pequenos que nem foram alfabetizados ainda até os nossos alunos do Peja, que muitas vezes enfrentam dificuldades para estudar. O nosso intuito nessa Bienal era conscientizar para a importância da leitura e conseguimos isso. Quem lê mais, escreve melhor, entende melhor o mundo, e é isso que a gente quer para os alunos da nossa rede”, diz Renan Ferreirinha.
GETs foram destaque no estande da Bienal
E por falar em alunos da rede, os alunos dos Ginásios Experimentais Tecnológicos brilharam! Eles colocaram a mão na massa e criaram jogos a partir dos livros trabalhados nas salas de leitura da rede. De “A Divina Comédia” a “Harry Potter”, passando por Machado de Assis, os games preparados para crianças fizeram milhares de curiosos testar seus conhecimentos literários.
”A gente sabe que a tecnologia, quando usada de forma correta, pode ser uma grande aliada do processo de aprendizagem e esses jogos são a prova disso. É um super exemplo de interpretação de texto e de interdisciplinaridade ver nossos alunos transformando a obra que estão lendo em um jogo que milhares de pessoas podem jogar na Bienal! Um orgulho para a nossa rede”, diz o secretário Renan Ferreirinha.
Voucher para todos os profissionais da educação
Essa Bienal também foi especial para os servidores da Educação do Rio, todos aqueles que fazem a educação acontecer. Um voucher de R$ 100 foi disponibilizado para cada um dos profissionais, de diretores a professores, de merendeiras a estagiários. Ninguém ficou de fora!
“Fizemos um esforço imenso para incluir todos nossos profissionais da educação, da merendeira à diretora, porque queremos gerar um Rio de leitores e essa é uma medida para estimular a leitura na cidade. Tem até o dia 16 de outubro para usar o voucher na compra online e incentivamos que todos usem!”, diz Renan Ferreirinha.

Autores professores negros levaram diversidade literária ao estande da SME na Bienal
No estande da Secretaria Municipal de Educação na Bienal do Livro deste ano, um dos destaques foi a participação de autores professores negros, que apresentaram suas obras literárias antirracistas e étnico referenciadas ao público presente no espaço, marcando um compromisso da Secretaria com a diversidade e a representatividade literária em sala de aula e também nos livros infanto-juvenis.
O estande recebeu vários professores autores que dedicam suas obras a literatura antirracista. Professora há 12 anos, Gisele de Oliveira é autora do livro “A Menina, Seu Pai e o Jornal”, uma história que celebra o amor pela leitura e narra as descobertas de Adanna, uma criança negra, no vasto mundo dos livros, guiada por seu pai, um leitor voraz de jornal. Ele a ensinou a ler com recortes das letras, formando palavras. “É a minha história. Foi assim que aprendi a ler, aos quatro anos. Dedico o livro ao meu pai, que não está mais aqui. Adanna é um nome nigeriano e quer dizer filha amorosa do pai”, revela. Para a leitura, Gisele criou o projeto “Caixa de Encantamentos”, de onde os personagens saem do livro e ganham vida, tornando a contação de história mais emocionante para os alunos.
Outra autora que participa da Bienal pela primeira vez é a professora Neusa Maria, que apresentou a obra “Tequinho, o Menino do Samba”, personagem inspirado em um aluno, morador da Mangueira, apaixonado pelo carnaval. Professora de uma escola na comunidade movida pelo Carnaval, ela fez uma imersão na cultura do samba para se aproximar dos alunos. Não queria que eles sentissem na sala de aula o distanciamento nos conteúdos que sentiu quando pequena. Passou a frequentar quadra da escola de samba e se apaixonou pelo tema. Segundo ela, existem vários Tequinhos na Mangueira e levar a história para a Bienal foi a realização de um sonho que nunca havia se permitido sonhar “Estar na Bienal foi muito gratificante, essa gestão antirracista me emociona. Foi uma troca linda com os alunos e com meus colegas”, diz Neusa, aos 70 anos, e “com muito brilho nos olhos”, completa.
Ao todo, 15 autores professores negros compartilharam suas obras na Bienal, enriquecendo o estande da Secretaria com a literatura étnica e culturalmente referenciada. Eles também participaram da curadoria de livros a serem implementados nas salas de leitura das unidades escolares. O objetivo da Gerência de Relações Étnico Raciais – GERER é, a cada edição da Bienal, aumentar o número de títulos com essa proposta.
“Viabilizar os professores pretos é mais que reconhecimento, é também compromisso com uma reparação histórica alicerçada pelas premissas da educação antirracista”, afirma Joana Oscar, Coordenadora da CDCEC (Coordenadoria de Diversidade, Cultura e Extensão Curricular).
A estimativa é de que 30% dos livros adquiridos para a renovação do acervo escolar sejam de literatura africana, afro-brasileira e indígena.
“Em nossas escolas, a valorização da história e da cultura negra é um compromisso diário. Estamos constantemente nos aprimorando e nos formando para promover uma cultura antirracista”, conta o secretário municipal de educação, Renan Ferreirinha.
A programação no estande da SME no sábado, 09/09, foi toda voltada para debates sobre literatura e cultura antirracista, afrofuturismo, com a participação do escritor Edjan Costa, da pesquisadora da UFRJ , Thaiara Lima. Para debater potências negras, foram convidados dois ex-alunos da rede, os escritores André Rodrigues (Carnavalesco da Portela) e Caio Zero.
As apresentações seguiram com a contaçāo de histórias de origem indígena, dança, teatro e o coral bilíngue, que levou canções dos Beatles e Legião Urbana. Com direito a bis. São as artes atreladas ao currículo e à todas as áreas de conhecimento.
A Secretaria de Educação do Rio é referência quando o tema é uma educação antirracista. Uma das medidas da atual gestão foi a criação da Gerência de Relações Étnico-Raciais (GERER), uma área de natureza consultiva, mediadora e de planejamento estratégico, que atua de forma transversal e intersetorial, trabalhando currículo, formação e projetos intersetoriais. O objetivo da gerência é fomentar discussões e reflexões para inovação, implementação e avaliação da Educação das Relações Étnico-Raciais.

Jogos literários criados por alunos dos Ginásios Experimentais Tecnológicos são sensação na Bienal do Livro
Um livro que vira um jogo? Isso mesmo! No estande da Secretaria Municipal de Educação nesta Bienal do Livro, os jogos baseados em obras literárias fizeram sucesso entre as crianças. E são os alunos dos GETs, os Ginásios Experimentais Tecnológicos, que colocaram a mão na massa para criar os jogos. Funcionou assim: os livros trabalhados nas salas de leitura da rede foram a inspiração para que os alunos usassem o conhecimento em programação e criassem jogos baseados nas histórias aprendidas.
Nesta Bienal, alunos do GET Pará trouxeram um jogo interativo baseado na vida e na obra de Maria Carolina de Jesus. As perguntas elaboradas e as citações selecionadas promoveram a oportunidade de aprender e se inspirar pela obra e pensamento de Carolina.
Já o GET Marechal Mascarenhas de Moraes, do bairro do Caju, trouxe para a Bienal o jogo “Torto Arado: a Jornada na Fazenda Água Negra” baseado no hit “Torto Arado”. O game é fruto do processo criativo e da capacidade dos alunos de transformar a obra que estão estudando nas aulas de Literatura em uma experiência interativa, onde a Fazenda Água Negra, ambientada no Sertão baiano, ganha vida em PixelArt e programação no Scratch. Alunos do 9º ano atravessam vários desafios enfrentados pelos personagens.
“A gente sabe que a tecnologia, quando usada de forma correta, pode ser uma grande aliada do processo de aprendizagem e esses jogos são a prova disso. É um super exemplo de interpretação de texto e de interdisciplinaridade ver nossos alunos transformando a obra que estão lendo em um jogo que milhares de pessoas podem jogar na Bienal! Um orgulho para a nossa rede”, diz o secretário Renan Ferreirinha.
“A Bienal proporcionou aos nossos alunos o protagonismo juvenil ao unir dois mundos que, teoricamente, não são próximos, que são os jogos e a leitura. Um grupo de 15 alunos dos Ginásios Experimentais Tecnológicos desenvolveu cinco jogos literários a partir de uma curadoria de livros que vai desde “A Divina Comédia” até “Harry Potter”, passando por “Torto Arado”, diz Carlos Eduardo Jascone, coordenador dos GETs.
Obras de outros autores como Machado de Assis e José de Alencar também viraram games e, na Bienal, todo mundo que passou pelo estande entrou no jogo.

Estande da SME recebeu crianças e adolescentes com deficiência da RIOinclui
O secretário de Educação, Renan Ferreirinha e a primeira-dama do município do Rio e presidente de honra da Associação Civil RIOinclui, Cristine Paes, receberam, na Bienal do Livro, nesta quarta-feira (06/09), 20 crianças e adolescentes com deficiência, de duas instituições apoiadas pela associação, Fundação Amélia Dias e Instituto Consuelo Pinheiro.
– Nós acreditamos muito no potencial e na necessidade da inclusão na educação carioca. Esse é um trabalho diário que precisa ser realizado sem retrocesso. A educação tem que ser um direito de todos e é para isso que a gente trabalha diariamente – comentou Renan Ferreirinha.
A convite do secretário, Cristine Paes participou da mesa “Experiência Sensorial – Inclusão é para todos”, ao lado da professora Claudia Medina. O encontro lotou o estande da Secretaria Municipal de Educação, localizado no Pavilhão Laranja do Riocentro.
– Sempre tive o sonho de trabalhar com acessibilidade e quando assumi a Obra Social da cidade, em 2009, resolvi criar a RIOinlcui para dar assistência a pessoas com deficiência e seus familiares, promovendo a igualdade de oportunidades. Quem quiser ajudar pode doar roupas, sapatos e acessórios para os nossos bazares, cuja renda é revertida para os nossos projetos – explicou Cristine Paes.
A diretora do Instituto Municipal Helena Antipoff (IHA), Claudia Medina, apresentou histórias de forma sensorial, com base no livro infantil “A Casa Sonolenta”, “A Bruxa Salomé”, além de histórias cantadas de forma lúdica e inclusiva.
– A história da “Casa Sonolenta” foi o primeiro material em áudio-book, áudio-descrição de imagens e libras produzido pelo IHA. Por meio de um QR Code, as pessoas acessam essa história e escolhem como querem apreciar o livro. Esse projeto facilita muito aos alunos com deficiência a conhecerem e experimentarem novas histórias. A produção foi feita em parceria com as Naves do Conhecimento de Triagem e Madureira.
Diretora-presidente da RIOinclui, Isabel Gimenes explicou sobre os projetos da associação, dentre eles o “Moradia e Acesso”, que reforma casas de pessoas com deficiência. São adaptações para garantir a acessibilidade no dia a dia, como um nivelamento de piso para passagem da cadeira de rodas, melhorando a qualidade de vida de toda a família.
– Esse encontro é muito especial. A gente trouxe duas instituições apoiadas pela RIOinclui, que prestam atendimento socioassistenciais a pessoas com deficiência. Estamos com um grupo de 20 pessoas, sendo a maioria autista. Eles ficaram muito animados, participaram, aproveitaram e a gente muito feliz por poder levar cultura e educação para o grupo -, disse a diretora-presidente da RIOinclui, Isabel Gimenes.
Morador da Praça Seca, Wellington Ribeiro, de 13 anos, que tem Transtorno do Espectro Autista, foi um dos participantes. Pela primeira vez na Bienal do Livro, ele não via a hora de percorrer os estandes da feira.
– Estou muito feliz. Consegui encontrar o que eu queria: o livro da Turma da Mônica sobre o corpo humano -, comemorou.
Dando continuidade na participação do IHA na Bienal do Livro, a equipe do instituto voltou ao Riocentro para uma atividade literária no domingo. O dia começou com as histórias cantadas, às 10h, e seguiu com a participação da autora Carine Lemos, que apresentou o livro Astronauta Interestelar. A obra fala sobre uma estrela surda, que é encontrada pelo protagonista no espaço.
Sobre o Instituto Municipal Helena Antipoff
O IHA é responsável pela implementação da política de inclusão na rede municipal. Após avaliação dos profissionais do instituto, os responsáveis e as equipes gestoras das escolas são orientados a respeito da melhor forma de conduzir o aprendizado dos alunos público-alvo da Educação Especial. As CRE estão habilitadas a orientar os pais sobre os procedimentos a serem adotados.
O Instituto Helena Antipoff tem como objetivo oferecer capacitação e atualização aos professores que atuam com os alunos com deficiência, implementando atividades direcionadas ao desenvolvimento e acompanhamento dos alunos. É também de sua competência avaliar e acompanhar os alunos incluídos nas turmas regulares, salas de recursos, classes hospitalares, classes especiais e escolas especiais.
Sobre a RIOinclui
A RIOinclui é uma associação civil, filantrópica e sem fins lucrativos, que tem como presidente de honra a primeira-dama do município, Cristine Paes, e como público pessoas com deficiência e suas famílias. A instituição trabalha na execução de projetos, no estabelecimento de articulações entre atores e no desenvolvimento de ações de conscientização social.
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