Jogos literários criados por alunos dos Ginásios Experimentais Tecnológicos são sensação na Bienal do Livro
Um livro que vira um jogo? Isso mesmo! No estande da Secretaria Municipal de Educação nesta Bienal do Livro, os jogos baseados em obras literárias têm feito sucesso entre as crianças. E são os alunos dos GETs, os Ginásios Experimentais Tecnológicos, que colocaram a mão na massa para criar os jogos. Funcionou assim: os livros trabalhados nas salas de leitura da rede foram a inspiração para que os alunos usassem o conhecimento em programação e criassem jogos baseados nas histórias aprendidas.
Nesta Bienal, alunos do GET Pará trouxeram um jogo interativo baseado na vida e na obra de Maria Carolina de Jesus. As perguntas elaboradas e as citações selecionadas promovem a oportunidade de aprender e se inspirar pela obra e pensamento de Carolina.
Já o GET Marechal Mascarenhas de Moraes, do bairro do Caju, trouxe para a Bienal o jogo “Torto Arado: a Jornada na Fazenda Água Negra” baseado no hit “Torto Arado”. O game é fruto do processo criativo e da capacidade dos alunos de transformar a obra que estão estudando nas aulas de Literatura em uma experiência interativa, onde a Fazenda Água Negra, ambientada no Sertão baiano, ganha vida em PixelArt e programação no Scratch. Alunos do 9º ano atravessam vários desafios enfrentados pelos personagens.
“A gente sabe que a tecnologia, quando usada de forma correta, pode ser uma grande aliada do processo de aprendizagem e esses jogos são a prova disso. É um super exemplo de interpretação de texto e de interdisciplinaridade ver nossos alunos transformando a obra que estão lendo em um jogo que milhares de pessoas podem jogar na Bienal! Um orgulho para a nossa rede”, diz o secretário Renan Ferreirinha.
“A Bienal proporcionou aos nossos alunos o protagonismo juvenil ao unir dois mundos que, teoricamente, não são próximos, que são os jogos e a leitura. Um grupo de 15 alunos dos Ginásios Experimentais Tecnológicos desenvolveu cinco jogos literários a partir de uma curadoria de livros que vai desde “A Divina Comédia” até “Harry Potter”, passando por “Torto Arado”, diz Carlos Eduardo Jascone, coordenador dos GETs.
Obras de outros autores como Machado de Assis e José de Alencar também viraram games e, na Bienal, todo mundo que passa pelo estande entra no jogo.